Histórico da Astronomia no Brasil

A Astronomia no Brasil iniciou em 1827, com o estabelecimento do Observatório Nacional pelo imperador Dom Pedro I, com o objetivo principal de manter a hora oficial para orientar a navegação, que naquela época dependia da comparação da hora marcada por um cronometro oficial no navio e a altura do Sol a partir do horizonte, que estabelece a hora local, para localizar-se no mar. O Observatório Nacional marcava o meio-dia com um tiro de canhão, e mais tarde com o lançamento de balões. Ainda hoje o Observatório Nacional é encarregado da hora oficial brasileira, mas já há muitos anos o sinal da hora é emitido por rádio.
Foto do ON

Em 1969 começam a voltar os primeiros brasileiros, doutores em Astronomia, que haviam estudado na França, e a formação dos primeiros doutores aqui mesmo, e a astrofísica, que é o estudo das leis da natureza (física) utilizando o Universo como um grande laboratório, se inicia. Em 1973 o Rádio Telescópio de Itapetinga, do Centro de Rádio Astronomia do Mackenzie inicia a operação, e desde 1981 com a operação do telescópio de 1,6 metros de diâmetro (do espelho) pelo Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, ainda o maior telescópio no Brasil, no Observatório do Pico dos Dias, em Minas Gerais, a astrofísica se desenvolveu a passos largos. Nos últimos 30 anos o número de doutores em Astronomia no Brasil cresceu de 2 para 350. Os principais centros de Astronomia do Brasil são o Instituto Astronômico e Geofísico da USP, com cerca de 55 doutores, e 65 estudantes de pós-graduação, o Observatório Nacional no Rio de Janeiro, com 32 doutores e 31 esstudantes de pós-graduação, o Departamento de Astronomia da UFRGS, com 10 doutores e 13 estudantes de pós-graduação, o Departamento de Astronomia no INPE, em São José dos Campos, SP, com 28 doutores e 20 estudantes de pós-graduação, Universidade Federal do Rio de Janeiro (Instituto de Física e Observatório do Valongo), com 20 doutores e 18 estudantes de pós-graduação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com 9 doutores e 19 estudantes de pós-graduação. Existem grupos de astronomia também na Universidade do Estado de São Paulo (13 doutores e 11 estudantes de pós-graduação) Universidade Federal de Minas Gerais (6 doutores e 5 estudantes de pós-graduação), UNIFEI (3 doutores e 12 estudantes de pós-graduação), em colaboração com o LNA (13 doutores), Universidade do Vale do Paraíba (9 doutores e 4 estudantes de pós-graduação), Universidade Federal de Santa Catarina (5 doutores e 5 estudantes de pós-graduação), Universidade Federal de Santa Maria (3 doutores e 4 estudantes de pós-graduação), UESC (9 doutores). Também existem pequenos grupos na Universidade de Campinas, Universidade Estadual de Maringá, Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade Federal do Mato Grosso, e outros.


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