A pesquisa em Astronomia, desde o estudo de planetas e satélites do Sistema Solar, até o estudo do Universo em grande escala, passando por meio interestelar, estrelas, aglomerados de estrelas, galáxias e aglomerados de galáxias, os pesquisadores brasileiros têm contribuído significativamente para o desenvolvimento da Astronomia e Astrofísica internacional. Uma das razões deste desenvolvimento é que, além de utilizar o telescópio do Laboratório Nacional de Astrofísica, os astrônomos brasileiros têm apresentado projetos aos grandes telescópios internacionais, e como estes projetos são julgados pelo mérito científico, e não pelo país de origem do projeto, têm conseguido utilizar grandes telescópios em diversos países, principalmente os telescópios americanos e europeus instalados no Chile, e mesmo os telescópios instalados em satélites em órbita da Terra, como o Telescópio Espacial Hubble. A partir de 2004 contamos com o telescópio de 4.2m de diâmetro SOAR (SOuthern Astrophysical Research) no Chile, com 33% de participação brasileira.
Para assegurar a continuidade do desenvolvimento da Astronomia brasileira, as agências financiadoras de pesquisa no Brasil estão financiando a participação do Brasil, em uma parcela de 2% nos dois telescópios de 8 metros de diâmetro, um no Havaí, e o outro no Chile, do projeto Gemini,
Porque não instalamos grandes telescópios no Brasil? Para observar o céu, é preciso que os telescópios estejam instalados em cima de montanhas, para diminuir a perturbação nas imagens causadas pela atmosfera da Terra, e que não haja nuvens nem umidade. No Brasil, as cadeias de montanha estão principalmente na costa, onde há grande quantidade de nuvens. Além disto, o Brasil não tem montanhas altas. No Chile, o deserto de Atacama se extende até a cordilheira dos Andes, e conta portanto com montanhas altas e com muito poucas nuvens. Por esta razão, nos últimos 30 anos tanto os Estados Unidos quanto a Comunidade Européia construiu observatórios com grandes telescópios no Chile. No Havaí as montanhas também são muito altas, e com poucas nuvens.
Nos Estados Unidos existem aproximadamente 6000 astronomos e formam-se aproximadamente 125 doutores em astronomia por ano. 60% dos astronomos trabalham em Universidades lá. No Brasil existem cerca de 350 doutores em astronomia e 150 estudantes de pó-graduação.