No fim do século XII seus textos foram traduzidos para o latim, levando o inglês Roger Bacon (1214-1294) a publicar, em seu Opus Majus, "Argumentos não removem a dúvida, de forma que a mente possa descansar na certeza do conhecimento da verdade, a menos que a encontre a experimentação".
Um dos pilares do método científico é a chamada Navalha de Ockham, ou Lei da Parcimônia, ou ainda Lâmina de Ockham, proposta pelo filósofo franciscano inglês William de Ockham (1285-1349), que afirma que quando existem várias formas de explicar algo, a certa é a mais simples. Esta proposta foi publicada em seu trabalho Expositio aurea et admodum utilis super totam artem veterem:
René Descartes (1596-1650), filósofo e matemático francês, contemporâneo de Galileo, em seu livro Discours de la méthode, explicita que o conhecimento precisa estar em uma fundação sólida, sem aceitar autoridade prévia ou como verdade aquilo que não possa ser demonstrado como verdade, descartando precipitação ou aquilo que apresente qualquer grau de dúvida.
O positivismo do filósofo francês Auguste Comte (1798-1857) considera a ciência como um progresso contínuo, através de teoria e observação, como na frase de Isaac Newton, "se eu vi longe foi porque estava no ombro de gigantes" (Carta de Isaac Newton a Robert Hooke em 1675).
O filósofo da ciência Gaston Bachelard (1884-1962) preconiza que o conhecimento se desenvolve não linearmente mas por rupturas. Seu trabalho principal foi La formation de l'esprit scientifique, de 1938, em que expressa que a epistemologia deve clarificar as formas mentais em uso na ciência, para auxiliar os cientistas a derrubar os obstaculos científicos.
A ciência não é o resultado da aplicação de um método cientifico, mas vai sendo contruída por tentativas e erros. Uma teoria científica tem que fazer previsões que possam ser testadas, mas jamais é provada. Qualquer evidência contrária pode desprovar uma teoria. A ciência muda ao longo do tempo, sendo sempre aperfeiçoada com as evidências experimentais disponíveis em dado momento.
"Há um certo receio (...) de que algumas coisas não são feitas para serem conhecidas, que algumas inquirições são muito perigosas para os seres humanos. Todas as pesquisas acarretam algum elemento de risco. Não há garantia de que o universo se conforme a nossas predisposições. O melhor meio de evitar abusos e incompreensões de parte a parte é tornar o povo cientificamente informado a fim de que compreenda as implicações de tais investigações. Se a ciência for considerada um sacerdócio fechado, demasiado difícil e misterioso para compreensão de uma pessoa de cultura mediana, o perigo do desentendimento será maior. Se a ciência, porém, for um tópico de interesse e consideração geral, se seus encantos e conseqüências sociais forem discutidos com competência e regularidade nas escolas, na imprensa e à mesa de jantar, teremos aumentado as possibilidades de aprender como o mundo realmente é, para melhorarmos a ambos, a nós e a ele."