Nesta aula vamos fazer uma observação do Sol com o teodolito.
Nosso objetivo será medir o azimute de uma determinada direção no horizonte, determinada pela linha que une o teodolito a um objeto escolhido, que vamos chamar "mira".
Embora a leitura vertical (LV) do teodolito tenha o zero no zênite, de forma que ela é igual à distância zenital o objeto medido, a leitura horizontal (LH) tem o zero arbitrário, não dando diretamente o azimute. A leitura horizontal é igual ao azimute a menos de uma constante, ou seja:
A☉ = LH☉ + const
Amira = LHmira + const
No entanto, a diferença entre o azimute do Sol e o azimute da mira é igual à diferença entre a leitura horizontal do sol e a leitura horizontal da mira, como podemos ver na figura abaixo:
Amira - A☉ = LHmira + const - (LH☉ + const) = LHmira - LH☉ →
O azimute do Sol é obtido pelo triângulo de posição:
onde φ (latitude do lugar) e δ☉ (declinação do Sol na data) são conhecidos e z☉ (=LV☉) é medido.
Portanto, a prática consiste em medir
LV☉,LH☉ e LHmira.
A observação será feita por projeção, com o teodolito na posição direta. Observa-se consecutivamente os dois bordos do Sol projetado em papel branco.
Como a observação será feita à tarde, o movimento do Sol no campo será do quadrante superior esquerdo para o quadrante inferior direito.
Mantemos o fio vertical do retículo da luneta tangenciando o bordo esquerdo do Sol (com o auxílio do parafuso de movimento vertical), até que o bordo inferior do Sol, pelo seu próprio movimento aparente, toque o fio horizontal central do retículo. No instante em que o disco do Sol estiver "encaixado" no quadrante superior esquerdo do Sol anotamos a hora, a leitura vertical e a leitura horizontal (TL1, LV1 e LH1). Repetimos a operação no quadrante oposto e anotamos (TL2, LV2 e LH2).