Then felt I like some watcher of the skies when a new planet swims into his ken. - John Keats
Introdução |
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Júpiter é o quinto planeta a partir do Sol, e é o maior no sistema solar. Se Júpiter fosse oco, poderia caber mais de mil Terras dentro. Ele também contém mais matéria que todos os outros planetas combinados. Ele tem uma massa de 1,9 x 1027 kg e tem 142.800 quilômetros (88.736 milhas) de diâmetro no equador. Júpiter possui 16 satélites, quatro dos quais - Calisto, Europa, Ganimede e Io - foram observados por Galileo em 1610. Existe um sistema de anéis, mas que é muito tênue, sendo totalmente invisível da Terra. (Os anéis foram descobertos em 1979 pela Voyager 1.) A atmosfera é muito profunda, talvez compreendendo todo o planeta, sendo em termos, parecido como o Sol. Ela é composta principalmente de hidrogênio e hélio, com pequenas quantidades de metano, amônia, vapor d'água e outros componentes. A grandes profundidades dentro de Júpiter, a pressão é tão grande que os átomos de hidrogênio são quebrados e seus elétrons são liberados de forma que os átomos resultantes consistem-se de simples prótons. Isto produz um estado no qual o hidrogênio torna-se metálico.
Coloridas faixas latitudinais, tempestades e nuvens atmosféricas ilustram o dinâmico sistema meteorológico de Júpiter. As formações de nuvens mudam em horas ou dias. A Grande Mancha Vermelha é uma complexa tempestade movendo-se em direção horária. Na borda externa, a matéria parece girar em quatro a seis dias; próximo ao centro, os movimentos são pequenos e de direção praticamente aleatória. Uma cadeia de outras tempestades menores e redemoinhos podem se formar por todas as faixas de nuvens.
Emissões Auroreais, similares às auroras boreais terrestres, foram observadas nas regiões polares de Júpiter. As emissões auroreais parecem estar relacionadas ao material de Io que cai na atmosfera de Júpiter acompanhado suas linhas magnéticas espirais. Também foram observados relâmpagos luminosos sobre as nuvens, similares aos super relâmpagos da alta atmosfera da Terra.
Ao contrário dos intrincados e complexos anéis de Saturno, Júpiter tem um único anel que é quase uniforme em sua estrutura. Ele provavelmente é composto por partículas de poeira com menos de 10 mícrons de diâmetro -- algo do tamanho de partículas da fumaça de cigarros. Sua borda externa tem diâmetro de aproximadamente 129.000 quilômetros (80.161 milhas), e sua interna tem 30.000 quilômetros (18.642 milhas), contados a partir do centro do planeta. A origem do anel é provavelmente devida ao bombardeamento de micrometeoros vindo das minúsculas luas que orbitam dentro do anel.
Os aneis e luas de Júpiter estão dentro de um cinto de intensa radiação de elétrons e íons capturados pelo campo magnético do planeta. Estas partículas e campos compreendem a magnetosfera ou ambiente magnético de Júpiter, o qual extende-se por 3 a 7 milhões de quilômetros (1.9 a 4.3 milhões de milhas) em direção ao Sol, e se estica em forma de meia até alcançar a órbita de Saturno - uma distância de 750 milhões de quilômetros (466 milhões de milhas).
Animações de Júpiter |
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Visões de Júpiter |
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Júpiter
(GIF, 265K;
caption)
Esta imagem foi tomada pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, em
13 de Fevereiro de 1995. A imagem fornece uma visão detalhada de um
aglomerado único de três tormentas ovaladas que ficam ao suldoeste
(à inferior esquerda) da Grande Mancha Vermelha de Júpiter. A aparência
destas nuvens, nesta imagem, é consideravelmente diferente de sua
aparência de apenas sete meses antrás. Elas estão aproximando-se umas das
outras enquanto a Grande Mancha Vermelha é levada para oeste pelos ventos
predominantes, e as ovais brancas são varridas para leste.
As duas tormentas brancas mais externas formaram-se nos anos 30.
Nos centros deste sistema de nuvens o ar está elevando-se, carregando
gás amônia fresco para cima. Novos cristais de gelo formam-se quando o
gás ascendente congela-se ao alcançar o topo gelado das nuvens, onde as
temperaturas são de -130°C (-200°F).
O centro branco da tormeta, uma estrutura em forma de cordas, à esquerda
das ovais, e a pequena mancha marrom tem formado células de baixa pressão.
As nuvens brancas colocam-se sobre locais onde o gás está descendo para
regiões inferiores, mais quentes.
Júpiter
(GIF, 265K)
Esta imagem foi tomada pela câmera Planetária/Campo Aberto do Telescópio
Hubble. É uma composição em cor verdadeira do disco cheio de Júpiter. Todas
as características nesta imagem são formações de nuvens na atmosfera
jupiteriana, a qual contém pequenos cristais de amônia congelada e traços
de coloridos de compostos de carbono, sulfa e fósforo. Esta fotografia foi
tomada em 28 de Maio de 1991. (Cortesia NASA/JPL)
Telescópio Óptico Nórdico
(GIF, 56K)
Esta imagem de Júpiter foi tomada pelo
Telescópio Óptico Nórdico,
de 2,6 metros, localizado em La Palma, Ilhas Canárias. É um bom exemplo
de que ótimas imagens podem ser obtidas de telescópios na superfície da Terra.
(c) Nordic Optical Telescope Scientific Association (NOTSA).
Júpiter e Luas
(GIF, 171K;
TIFF, 785K)
A Voyager 1 tomou esta foto de Júpiter e
dois de seus satélites (Io, esquerda, e
Europa, direita) em 13 de Fev. de 1979. Nesta vista,
Io está a cerca de 350.000 quilômetros (220.000 milhas) acima da Grande
Mancha Vermelha de Júpiter, enquanto que Europa está a cerca de 600.000
quilômetros (373.000 milhas) acima das nuvens de Júpiter. Júpiter está a
20 milhões de quilômetros (12,4 milhões de milhas) da espaçonave no momento
em que a foto foi tomada. Há evidências de movimento circular na atmosfera
de Júpiter. Enquanto os movimentos dominantes em larga escala são de
oeste para leste, movimentos em pequena escala incluem circulações parecidas
com redemoinhos dentro e entre as faixas. (Cortesia NASA/JPL)
Auroras de Júpiter
(GIF, 135K;
JPEG, 55K;
Legenda)
Estas imagens, obtidas pelo Hubble, revelam mudanças nas
emissões das auroreais de Júpiter, e como as pequenas manchas
auroreais justamente fora dos anéis de emissão estão
relacionadas com a lua vulcânica do planeta, Io.
A parte superior da imagem aponta os efeitos das emissões de Io.
A imagem à esquerda mostra como Io e Júpiter estão conectados por uma
invisível corrente elétrica de partículas carregadas, chamado
tubo fluxo. As partículas, ejetadas pelas erupções vulcânicas
de Io, fluem pelas linhas do campo magnético de Júpiter, o qual se alinha
desde Io até os polos magnéticos norte e sul do planeta.
A parte superior direita da imagem mostra emissões auroreais nos polos sul e norte. Justamente além destas emissões estão as manchas auroreais chamadas "pegadas". Estas manchas são criadas quando as partículas no "tubo fluxo" de Io alcançam a atmosfera superior de Júpiter, e interagem com o gás hidrogênio, tornando-o fluorescente.
As duas imagens ultravioletas na parte inferior da figura mostram como as emissões auroreais mudam em brilho e estrutura enquanto Júpiter gira. Estas imagens em falsa cor também revelam como o campo magnético está deslocado do eixo de rotação de Júpiter em 10 a 15 graus. Na imagem da direita, a emissão auroreal norte está elevando-se sobre a parte esquerda; a emissão auroreal sul está começando a por-se. A imagem da esquerda, obtida em uma data diferente, mostra uma vista completa da aurora do norte, com uma forte emissão dentro do principal oval da emissão.
Créditos: John T. Clarke e Gilda E. Ballester (Universidade
de Michigan), John Trauger e Robin Evans (Jet Propulsion
Laboratory), e NASA.
A Grande Mancha Vermelha
(GIF, 144K;
GIF, 413K;
TIFF, 1M)
Esta dramática visão da Grande Mancha Vermelha de Júpiter, e
sua vizinhança, foi obtida pela Voyager 1 em 25 de Fev. de 1979, quando
a espaçonave estava a 9,2 milhões de quilômetros (5,7 milhões de milhas) de
Júpiter. Podem ser vistos aqui, detalhes das nuvens com dimensão de 160
quilômetros (100 milhas) de diâmetro. A nuvem colorida e ondulada à
esquerda da Mancha Vermelha é uma região de movimentos ondulatórios
extraordinariamente complexos e variáveis. (Cortesia NASA/JPL)
A Grande Mancha Vermelha de Júpiter, em Falsa Cor
(JPEG, 164K)
Esta imagem é uma representação em falsa cor da Grande Mancha Vermelha
de Júpiter, tomada pelo sistema de imagens da Galileo, através de três
diferentes filtros de infravermelho-próximo. A imagem é um mosaico de
dezoito fotos (6 em cada filtro) que foram tomadas por um período de
6 minutos em 26 de Junho de 1996. A Grande Mancha Vermelha aparece
rosa e a região vizinha está em azul, por causa da codificação particular
de cores usada nesta representação. O canal vermelho é uma reflexão de
Júpiter em um comprimento de onda onde o metano é fortemente absorvido
(889nm). Devido a esta absorção, somente as nuvens altas podem reletir
a luz do Sol neste comprimento de onda. O canal verde é uma reflexão onde
o metano á absorvido, mas com menor intensidade (727nm). Nuvens baixas
podem refletir a luz do sol nesse comprimento de onda. Finalmente,
o canal azul é a reflexão em um comprimento de onda onde não há
essencialmente nenhuma absorção na atmosfera jupiteriana (756nm) e pode-se
ver a luz refletida pelas nuvens mais profundas. Assim, a cor de uma nuvem
nesta imagem indica sua altitude, com vermelho ou branco para as mais
altas, azul ou preto para as mais baixas. Esta imagem mostra a Grande
Mancha Vermelha como sendo relativamente alta, pois existem algumas nuvens
menores ao noroeste e nordeste que são surpreendentemente parecidas com
nuvens de tempestade terrestres. As nuvens mais baixas estão em um colar
em torno da Grande Mancha Vermelha, e também ao noroeste da nuvem alta
(brilhante) no canto noroeste da imagem. Modelamentos preliminares mostram
a altura destas nuvens como em torno de 50km de altitude. (Cortesia NASA/JPL)
A Mancha Vermelha pela Galileo
(JPEG, 58K)
Esta vista da Grande Mancha Vermelha de Júpiter e um mosaico de duas
imagens tomadas pela espaçonave Galileo. A imagem
foi criada usando dois filtros,
um violeta e um infravermelho-próximo, em cada uma das posições da
câmera. A Grande
Mancha Vermelha é uma tormenta na atmosfera de Júpiter, e tem pelo
menos 300 anos de idade. Ventos anti-horários sopram em volta da Grande Mancha Vermelha
a cerca de 400 quilômetros por hora (250 milhas por hora). O tamanho da tormenta é
maior que o diâmetro da Terra (13.000 quilômetros ou 8.000
milhas) na direção norte-sul, e mais de dois diâmetros terrestres na
direção leste-oeste. Nesta vista oblíqüa, onde a Grande Mancha Vermelha está na
borda do planeta, ela aparece mais distante na direção norte-sul. A imagem foi
tomada em 26 de Junho de 1996.
(Cortesia NASA/JPL)
O Anel de Júpiter
(GIF, 13K)
O anel de Júpiter foi descoberto pela Voyager 1 em Março de 1979.
Esta imagem foi tomada pela Voyager 2 e foi pseudo-colorida. O anel
Jupiteriano tem cerca de 6.500 quilômetros (4.000 milhas) de largura e provavelmente
menos de 10 quilômetros (6,2 milhas) de espessura.
(Crédito: Calvin J. Hamilton)
O Equador de Júpiter
(GIF, 390K)
Esta imagem mostra toda a região equatorial de Júpiter. Ela foi criada a
partir de um mosaico de várias imagens. A Grande Mancha Vermelha está
à esquerda da imagem.
(Crédito: Calvin J. Hamilton, e NASA)
Luas de Júpiter
(GIF, 261K;
TIF, 2M)
Esta imagem mostra as luas de Júpiter em escala
Amaltea, Io,
Europa, Ganimedes,
e Calisto.
(Crédito: Calvin J. Hamilton)
Galeria de Fotos Hubble dos Satélites Galileanos
(GIF, 92K;
legenda)
Este é um álbum de família das quatro maiores luas de Júpiter,
primeiramente observadas pelo cientista Italiano
Galileo Galilei
quatro séculos atrás. Localizados aproximadamente meio bilhão de
milhas de distância, as luas são tão pequenas que, na luz visível, elas
parecem como discos indistintos se vistos por telescópios na superfície.
O Hubble pode discernir detalhes da superfície vistos anteriormente apenas
pelas espaçonaves Voyager, nos anos '80.
O Hubble tem mapeado a nova atividade vulcânica na superfície de
Io, encontrado uma asfixiante atmosfera de oxigênio
na lua Europa, e identificado ozônio na
superfície de Ganimedes. Observações do Hubble
no ultravioleta mostram a presença de gelo fresco na superfície de
Calisto, o que pode indicar impactos de
micrometeoritos e partículas carregadas da magnetosfera de Júpiter.
(Crédito: STScI/NASA)
Aneis de Júpiter |
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Nome | Distância* | Width | Espessura | Massa | Albedo |
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Halo | 100.000 km | 22.800 km | 20.000 km | ? | 0,05 |
Principal | 122.800 km | 6.400 km | < 30 km | 1 x 10^13 kg | 0,05 |
Gossamer | 129.200 km | 850.000 km | ? | ? | 0,05 |
*A distância é medida do centro do planeta ao início do anel.
Resumo sobre as Luas de Júpiter |
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Dezesseis luas foram descobertas orbitando Júpiter. A maioria delas é relativamente pequena e parece ter sido mais provavelmente capturada que formada na órbita de Júpiter. Acredita-se que as quatro maiores luas, Io, Europa, Ganimedes e Calisto, foram formadas por agregação como parte do processo pelo qual Júpiter formou-se. A tabela seguinte resume o raio, massa, distância do centro do planeta, descobridor e data de descobrimento de cada uma das luas de Júpiter:
Moon | # | Raio (km) | Massa (kg) | Distância (km) | Descobridor | Data |
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Metis | XVI | 20 | 9,56e+16 | 127.969 | S. Synnott | 1979 |
Adrastea | XV | 12,5x10x7.5 | 1,91e+16 | 128.971 | Jewitt-Danielson | 1979 |
Amaltea | V | 135x84x75 | 7,17e+18 | 181.300 | E. Barnard | 1892 |
Tebe | XIV | 55x45 | 7,77e+17 | 221.895 | S. Synnott | 1979 |
Io | I | 1.815 | 8,94e+22 | 421.600 | Marius-Galileo | 1610 |
Europa | II | 1.569 | 4,80e+22 | 670.900 | Marius-Galileo | 1610 |
Ganimedes | III | 2.631 | 1,48e+23 | 1.070.000 | Marius-Galileo | 1610 |
Calisto | IV | 2.400 | 1,08e+23 | 1.883.000 | Marius-Galileo | 1610 |
Leda | XIII | 8 | 5,68e+15 | 11.094,000 | C. Kowal | 1974 |
Himalia | VI | 93 | 9,56e+18 | 11.480.000 | C. Perrine | 1904 |
Lisitea | X | 18 | 7,77e+16 | 11.720.000 | S. Nicholson | 1938 |
Elara | VII | 38 | 7,77e+17 | 11.737.000 | C. Perrine | 1905 |
Ananke | XII | 15 | 3,82e+16 | 21.200.000 | S. Nicholson | 1951 |
Carme | XI | 20 | 9,56e+16 | 22.600.000 | S. Nicholson | 1938 |
Pasifae | VIII | 25 | 1,91e+17 | 23.500.000 | P. Melotte | 1908 |
Sinope | IX | 18 | 7,77e+16 | 23.700.000 | S. Nicholson | 1914 |
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