Meteoróides e Meteoritos

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Lista de Conteúdo

Introdução

O termo meteoro vem do grego meteoron, e significa fenômeno no céu. É usado para descrever a faixa de luz produzida conforme matéria do sistema solar entra na atmosfera de Terra, criando incandescência temporária que é o resultado da fricção com a atmosfera. Isto acontece tipicamente a alturas de 80 a 110 quilômetros (50 a 68 milhas) acima da superfície de Terra. O termo também é usado livremente, com a palavra meteoro referindo-se à própria partícula, sem relação ao fenômeno que produz quando entra na atmosfera da Terra. Um meteoróide é a matéria que gira ao redor do sol ou qualquer objeto no espaço interplanetário que seja muito pequeno para ser chamado asteróide ou cometa. Até mesmo partículas menores são chamadas micrometeoróides, ou grãos de pó cósmicos, que incluem qualquer material interstelar que eventualmente entre em nosso sistema solar. Um meteorito é um meteoróide que alcança a superfície da Terra sem ser vaporizado completamente.

Uma das metas primárias do estudo de meteoritos é determinar a história e origem dos corpos que os originaram. Várias amostras de 'achondrites', coletadas da Antártida desde 1981, têm conclusivamente mostrado terem originado-se da lua, baseado no casamento com a composição de pedras lunares obtidas pelas missões Apollo, 1969-1972. Origens de outros meteoritos específicos permanecem não-provadas, embora outro jogo de oito 'achondrites' sejam suspeitos de terem vindo do Marte. Estes meteoritos contêm gases atmosféricos capturados em minerais derretidos, os quais casam em composição com a da atmosfera marciana medida pelas sondas Viking, em 1976. Todos os outros grupos são presumidos como sendo originados de asteróides ou cometas; acredita-se que a maioria dos meteoritos são fragmentos de asteróides.

Tipos de Meteoritos & Porcentagem que Cai na Terra

Meteoritos são difícieis de classificar, mas os três maiores agrupamentos são os ferrosos, ferrosos-rochosos, e os rochosos. Os meteoritos mais comuns são chondrites, que são meteoritos rochosos. Datação radiométrica de chondrites os colocou à idade de 4,55 bilhões de anos, que é a idade aproximada do sistema solar. Eles são considerados amostras prístinas de matéria dos primórdios do sistema solar, embora em muitos casos as propriedades deles tenham sido modificadas por processo térmico-metamórfico ou alteração glacial. Alguns meteoritos, cujas propriedades diferem das encontradas em vários chondrites, sugerem a localização na qual eles foram formados. Chondrites Enstatite contêm os elementos mais refratários, e acredita-se que tenham se formado no interior do sistema solar. Acredita-se que as Chondrites comuns, do tipo mais usual que contém tanto elementos voláteis quanto oxidados, tenham se formado no interior do cinturão de asteróide. Acredita-se que Chondrites Carbonados, que tem as proporções mais altas de elementos voláteis, e são na sua maior parte oxidados, tenham se originado em distâncias, ainda maiores, do sol. Cada uma destas classes pode ser ainda subdividida em grupos menores, com propriedades distintas.

Outros tipos de meteoritos que foram geologicamente processados são os achondrites, férreos e pallasites. Achondrites também são meteoritos rochosos, mas são considerados matéria diferenciada ou reprocessada. Eles são formados pelo derretimento e recristalização em, ou dentro de, corpos originais do meteorito; como resultado, achondrites têm texturas e mineralogia distintas, indicativo de processos ígneos. Pallasites são meteoritos férreos rochosos, compostos de olivina no interior do metal. Meteoritos férreos são classificados em treze grupos principais e consistem principalmente de ligas de níquel-ferro, com quantias secundárias de carbono, enxofre, e fósforo. Estes meteoritos formaram-se quando o metal fundido separou-se do silicato, menos denso, e resfriou-se, mostrando outro tipo de comportamento de derretimento dentro de corpos-pai do meteorito. Assim, meteoritos contêm evidência de mudanças que aconteceram nos corpos-pai, dos quais eles foram removidos ou foram quebrados, presumivelmente através de impactos, para serem colocados na primeira de muitas órbitas.

O movimento de meteoróides pode ser perturbado severamente pelos campos gravitacionais dos planetas principais. A influência gravitacional de Júpiter é capaz de redesenhar a órbita de um asteróide do cinto principal, de forma a fazê-lo mergulhar para o interior do sistema solar, e cruzar a órbita de Terra. Este é aparentemente o caso do Apollo e Vesta, fragmentos de asteróide.

Partículas achadas em órbitas altamente correlacionadas são chamadas de componentes de fluxo e aquelas encontradas em órbitas aleatórias são chamadas componentes esporádicos. Acredita-se que a maioria dos fluxos de meteoros são formados pela decomposição de um núcleo de cometa e, por conseguinte, espalhados ao redor da órbita original do cometa. Quando a órbita da Terra cruza um fluxo de meteoro, a taxa de meteoros é aumentada, resultando em uma chuva de meteoros. Uma chuva de meteoros fica tipicamente ativa durante vários dias. Uma chuva de meteoros particularmente intensa é chamada tempestade de meteoros. Acredita-se que meteoros esporádicos tenham perdido gradualmente a coerência orbital devido a colisões e efeitos radioativos, e formam a chuva de meteoros, aumentada por influência gravitacional. Ainda há algum debate sobre meteoros esporádicos e a relação deles com as chuvas de meteoros.

Fotos de Meteoritos

Meteorito de Chondrite (GIF, 186K)
Este meteorito foi coletado nas Colinas Allan [Allan Hills] na Antártica. Meteoritos são pedaços de pedra que são capturadas pela gravidade de um planeta e puxados à superfície. Este meteorito é de um tipo chamado chondrite, e acredita-se que tenha-se formado ao mesmo tempo que os planetas, na nebulosa solar, a aproximadamente 4,55 bilhões anos atrás. (Cortesia NASA/JPL)

Meteorito de Achondrite (GIF, 178K)
Descoberto no Pico Reckling, Antártica, este tipo de meteorito é conhecido como achondrite. Tem uma composição basáltica, e provavelmente foi formado quando um asteróide derreteu-se a aproximadamente 4,5 bilhões anos atrás. O asteróide se partiu algum tempo depois e este pedaço pequeno do asteróide foi capturado pela gravidade da Terra e caiu ao solo. (Cortesia NASA/JPL)

Meteorito férreo (GIF, 193K)
Este meteorito de ferro foi achado no Pico Derrick, Antártica. Este tipo de meteorito ganhou seu nome porque é principalmente feito de ferro e níquel. Esta amostra provavelmente é um pedaço pequeno do núcleo de um asteróide grande que quebrou-se em pedaços. (Cortesia NASA/JPL)

Meteorito Marciano (local GIF, 207K)
Embora este meteorito tenha sido coletado em Elefante Moraine, Antártica, em 1979, alguns cientistas acreditam que veio do planeta Marte. Os minerais achados nesta pedra são semelhantes àqueles que os cientistas esperam encontrar em pedras de Marte. Este meteorito também contém vesículas, ou pequenas bolhas, que contêm ar muito parecido com o ar analisado em Marte pela astronaves Viking. Este meteorito tem 180 milhões de anos de idade. (Cortesia NASA/JPL)

Um Meteorito Marciano (GIF, 223K; TIFF, 5M)
Este meteorito, chamado EETA 79001, foi achado no gelo da Antártica, e é bastante provável que tenha vindo de Marte. Para comparação, o cubo mais abaixo, à direita, tem 1 centímetro de lado. O meteorito é coberto em parte por uma capa vítrea preta, a crosta de fusão. A crosta de fusão forma-se quando o meteorito entra na atmosfera da Terra a altas velocidades. O aquecimento por atrito aquece a parte exterior do meteorito. De dentro, o meteorito é cinza. É um basalto, bem parecido aos basaltos achados na Terra. Ele formou-se em uma erupção vulcânica, a aproximadamente 180 milhões de anos atrás. Este meteorito é bastante provável que tenha vindo do Marte, porque contém uma pequena quantidade de gás que é quimicamente idêntico à atmosfera marciana. (Cortesia LPI)

Visão microscópica de um Meteorito marciano (GIF, 232K; TIFF, 6M)
Rochas são feitas freqüentemente de grãos minerais pequenos, que não podem ser vistos claramente sem um microscópio. Para ver estes grãos pequenos, os cientistas moem e polem amostras muito finas de pedra (0,03 milímetros) tal que a luz possa atravessá-los. Esta visão microscópica, de 2,3 milímetros (0,09 polegadas), está em falsa cor, produzida segurando filtros polarizadores acima e abaixo da lâmina do microscópico. Estes filtros fazem com que diferentes minerais tenham cores distintas, e permitam identificação fácil dos minerais. A maior parte deste meteorito (em amarelo, verde, rosa, e negro) é o mineral olivine, que é comum em algumas pedras basálticas. O grão listado perto do centro é de mineral pyroxene. (Cortesia Allan Treiman, LPI)

Meteorito Vesta (GIF, 376K; legenda)
Acredita-se que este meteorito seja uma amostra da crosta do asteróide Vesta, que é o único terceiro objeto do sistema solar, além de Terra, do qual os cientistas têm uma amostra em laboratório (as outras amostras extraterrestres são de Marte e da Lua). O meteorito é único porque é feito quase completamente de mineral pyroxene, comum em fluxos de lava. A estrutura de grãos minerais do meteorito também indica ele foi uma vez fundido, e seus isotopos de oxigênio são isotopos de oxigênio diferentes dos achados em todas as outras pedras da Terra e Lua. A identidade química do meteorito aponta ao asteróide Vesta porque tem a mesma assinatura espectral única do mineral pyroxene.

A maioria dos meteoritos identificados de Vesta estão sob cuidado do Western Australian Museum. Esta amostra de 1,4 libra (631 g) vem do New England Meteoritical Services. É uma amostra completa, que mede 9,6 x 8,1 x 8,7 centímetros (3,7 x 3,1 x 3,4 polegadas), mostrando a crosta de fusão, evidência da última fase em sua jornada para Terra. (Crédito da fotografia: R. Kempton, New England Meteoritical Services)

Referências

Beatty, J. K. and A. Chaikin. The New Solar System. Massachusetts: Sky Publishing, 3rd Edition, 1990.

Maran, Stephen P. The Astronomy and Astrophysics Encyclopedia. New York: Van Nostrand Reinhold, pp. 430-445, 1992.

Seeds, Michael A. Horizons. Belmont, California: Wadsworth, 1995.

 

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