Consideremos agora a força gravitacional resultante sobre uma
partícula pertencente a um Universo de massa , homogêneo
e isotrópico, em expansão.
Consideraremos uma
partícula na superfície da esfera de raio
:
Em um dado instante, a partícula sofrerá uma aceleração gravitacional dada por:
A energia mecânica da partícula,
,
assumindo-se a constante cosmológica
=0,
será:
Note que no caso em que apenas a gravidade atua no Universo,
.
Neste caso, sabemos que o sinal de
determina se as
partículas poderão se afastar indefinidamente umas das outras ou não:
expansão indefinida: Universo aberto.
expansão contida: Universo fechado.
Omitiremos a coordenada
para r(t) e H(t) na derivação a seguir.
Como a massa
é dada por
Seja agora a densidade crítica, ,
definida como aquela para a qual a gravidade
está no limite de conter a expansão (ou seja,
):
Inserindo
na eq. (9), temos:
Como
e
são sempre positivos,
os sinais de
e
estão anti-correlacionados:
: Universo fechado.
:
Universo aberto.
:
Universo plano.
Vamos escrever a energia
em termos das propriedades no presente,
usando-se a lei de Hubble:
A solução da equação (14) pode ser obtida de:
A solução,
para o caso do denominador ,
em que o Universo é fechado e
,
pode ser encontrada fazendo-se a substituição
, pois obtemos a identidade trigonométrica
.
Para o caso do denominador
,
em que o Universo é aberto e
,
a substituição é
, pois obtemos a identidade trigonométrica
.
Por definição:
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Substituindo as definições de
e
, obtemos:
Para
:
Para simplificar as equações, vamos definir a variável :
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||
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||
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(1.17) |
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(1.18) |
Para ,
:
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Para
,
e
:
Para
,
e
:
Para :
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(1.19) |
Ou seja, os limites são:
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Deste modo, a relação entre a idade do Universo e a constante de Hubble no presente, torna-se: