Equação da trajetória:

Multiplicando-se vetorialmente a equação (1) por tex2html_wrap_inline270:
displaymath278
já levando-se em conta que: tex2html_wrap_inline280 A parte da direita de (4) pode ser escrita como:
displaymath282
Como
displaymath284
então:
displaymath286
Como
displaymath288
então:
displaymath290
O lado esquerdo da equação (4) pode ser escrito como:
displaymath292
já que:
displaymath294
e como tex2html_wrap_inline270 é constante, tex2html_wrap_inline298. A equação (4) pode portanto ser escrita como:
displaymath300
ou seja, integrando-se sobre t:
displaymath302
onde tex2html_wrap_inline304 é um vetor constante.

Como tex2html_wrap_inline45 é perpendicular ao plano da órbita, tex2html_wrap_inline49 está no plano da órbita, junto com tex2html_wrap_inline51, de modo que tex2html_wrap_inline53 também. Na verdade, tex2html_wrap_inline53 está na direção do pericentro, como veremos a seguir.

Até agora encontramos 2 vetores constantes, tex2html_wrap_inline45 e tex2html_wrap_inline53, e um escalar constante, E, de modo que já temos 7 integrais. Entretanto, elas não são todas independentes. Por exemplo, como tex2html_wrap_inline53 está no plano da órbita, e tex2html_wrap_inline45 em um plano perpendicular a este, tex2html_wrap_in
line67

Multiplicando-se escalarmente por tex2html_wrap_inline202, temos:
displaymath308
Como
displaymath310

displaymath312
onde tex2html_wrap_inline314 é o ângulo entre tex2html_wrap_inline202 e tex2html_wrap_inline304, e tex2html_wrap_inline320, temos:
displaymath322
ou
displaymath324
e finalmente:
displaymath326
que é a equação da trajetória. Esta é a equação de uma cônica com foco na origem. Somente para tex2html_wrap_inline328 o movimento é finito, e a órbita é uma elipse.

Note que r é mínimo quando tex2html_wrap_inline71, isto é, na direção de tex2html_wrap_inline53, provando que tex2html_wrap_inline53 aponta na direção do pericentro.

Lembrando que tex2html_wrap_inline224, e comparando com a equação da elipse (veja o apêndice),
displaymath332
vemos que a equação da trajetória descreve uma elipse com:
displaymath334
e
displaymath336
p é chamado de semi-lactus rectum, e é a excentricidade da elipse, e tex2html_wrap_inline342 é o ângulo entre o ponto da elipse mais próximo do foco (pericentro) e o vetor posição tex2html_wrap_inline202.

Da equação que introduziu tex2ht
ml_wrap_inline53 temos:
displaymath79

displaymath81

Como tex2html_wrap_inline83 é perpendicular a tex2html_wrap_in
line45,
displaymath87
de modo que:
displaymath89
Mas
displaymath91
e como tex2html_wrap_inline93,
displaymath95
Como tex2html_wrap_inline97, tex2html_wrap_inline99, logo:
displaymath101
ou seja:
displaymath103

Desta forma fica provado que a excentricidade depende da energia do sistema.

Esta é a demonstração de que a órbita, quando fechada, é elíptica, como diz a primeira lei de Kepler.

Se tex2html_wrap_inline346, o movimento é infinito, isto é, não se repete. Se e=1 o corpo se move em uma parábola, e se e > 1 em uma hipérbole, o que não é o caso dos planetas, mas as vezes dos cometas e asteróides.



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Modificada em 27 Out 1997